terça-feira, 26 de outubro de 2010

Tudo eu vi e vivi.



Amigos mentindo, enganando amigos por interesses financeiros para ganhar à custa de outrem.
Vi amigos falarem uma coisa em seus lábios sábios ao mesmo tempo deixar um rastro de desamor e não de amor.
Vi amigos acusando uns aos outros de um ego, de ter mais ou menos espiritualidade, como se coubesse em nós medir isso uns aos outros.
Vi amigos confabulando pelas costas planos e excluindo outros amigos por se acharem superiores Mestres.
A ternura, a compaixão, a misericórdia, a benevolência, o ensino básico da atitude amorosa foram todas trocadas, por vaidade, egoísmo, muitas vezes, disfarçado de espiritualidade.
Aprendi que a espiritualidade começa em casa com atitude simples no dia a dia, segue pela vizinha e assim atravessa reinos afins.
Recebi e recebo todos os amigos em casa dou meu carinho, afeto e abrigo em meu coração assim como em meu lar.
 Deles recebi algo que jamais pensei receber, jamais.
A lição dolorosa da desilusão, um seguimento espiritual que apenas contextualiza e não se vive.
Nada justifica a indiferença, ao mesmo tempo seguir adiante pautado numa verdade exclusiva, ou num isolamento inexplicável aos próprios amigos.
Pergunto QUEM SOMOS NÓS ?
 Ivone 

sábado, 23 de outubro de 2010

Poema secreto



Eu adoro ver seus olhos azuis que brilham como o próprio céu em noite estrelada.
Adoro ver-te atrapalhado com coisas comuns.
Adoro ver-te explicando sobre suas experiências e o respeito nos ensinamentos sagrados.
Adoro ver-te sorrindo.
Adoro a maneira que me olha e quer soltar-se me mim.
Adoro sua forma diferente de se comunicar devido ao sotaque.
Gostaria de conhecer seu corpo, seu beijo, seu amor de perto, sentir verdadeiramente.
Não apenas observar, sentir, viver.
Gosto de saber que fui sua escolhida e que ao mesmo tempo eu o escolhi.
Gosto da delicadeza de seu olhar.
Da observação segura, da mão firme, do sentimento de porto seguro.
Do amor acima do amor convencional onde o sentimento ultrapassa inclusive o bom senso.
Gosto de amar-te, de poder amar, de saber amar.
E mais do que tudo isso de saber que é possível e real.
Somos nós.
Nós dois que carregamos em nossas entranhas o desejo.
E o desejo de ambos se completa em nós.
No encontro, no compromisso selado, no amor revelado.
Espero-te, creio em ti.
Amo-te

Ivone

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Palavras



Palavras são como sopros ao vento são levados pelo invisível e por ai vagueiam.
Não vemos, apenas sentimo-las.
Ressoam e assim como ecoam.
Palavras.
Podem ressoar como cânticos dos anjos como a uma brisa de Deus em nós.
Ou podem machucar como lanças no coração, ferindo, dilacerando, destruindo, rompendo, quebrando.
Se soubéssemos o valor e a preciosidade de uma palavra proferida,
Ficaríamos anos em silêncio até aprender a usá-las com sabedoria.
Palavras muitas vezes são usadas como armas dos sábios, dos injustos e dos espirituais que as usam como lanças, sem ouvir-se a si mesmo.
Palavras.
Silêncio amoroso respeitoso, aceita, transforma, transmuta.
O sabor da palavra não boa, não justa, não amorosa.
O amor ao contrário de nenhuma palavra necessita.
Mostra-se em energia, afeto e coragem.
Fonte dos fortes.

Extraído do livro em construção. 

Huliel

domingo, 3 de outubro de 2010

Despedida



Como mares revoltos na imensidão da vida, vemos pessoas partirem.
Às vezes, brandamente com um adeus caloroso amoroso.
Outras vezes, como tempestade deixando marcas dolorosas como algo que quebrou ou rompeu.
A humanidade e suas despedidas.
Pessoas vêm, e vão.
Num ciclo interminável como ondas do mar.
O segredo no mar consiste em aguardar no silêncio ondas que por ele vagueiam e de certa forma são ele também.
Meu carinho a todas as pessoas que por mim passaram.
Aquelas em especial cuja marca foi difícil e dolorosa, meus agradecimentos, pois a transformação foi tal qual a marca brutal e definitiva arrancando da raiz o alto engano.
Depois da tempestade do adeus, o frescor da bonança anuncia o Arco-íris.  Tudo recomeça.
Novas pessoas, novos tempos, novos amores.
Um beijo, uma flor, um beija-flor.
Carinho, aconchego.
Novamente o mar sereno.
A tempestade sempre passa.
O dilúvio é inevitável.
O amor sobrevive.
Silencia, aguarda, anuncia,
Bem-vinda à vida.



Extraído do livro em construção  " Feixes de Luz " Huliel