domingo, 11 de julho de 2010

As duas estradas



Há uma estrada velha que é trafegada por nós a eons de tempo, traz-nos certo alivio devido ao fato que já conhecermos todas suas curvas, seus desvios e buracos.
Já a estrada nova é completamente diferente.
Quando finalmente terminamos um trecho o outro se apresenta, e todos os trechos a frente são invisíveis.
Não por que são invisíveis mesmo, e sim, porque só sabemos andar na estrada velha.
Hoje praticamos andar na estrada nova.
Andar sem saber pra onde, sem saber por que, simplesmente ir.
A estrada sabe o caminho e aonde vamos.
Antes, nós é que determinávamos aonde íamos à estrada.
A pratica da estrada nova, é fé.

Escolher todo dia andar sobre ela é quase como voar.
Sem controle.
Sem querência.
Sem apego.
Na velha há dor, o caminho é árido, e os trechos facilmente reconhecidos por nós.
Ela foi e ainda é necessária, por isto existe. Até ficarmos totalmente confortáveis com a nova estrada a velha estará ai.
Na medida em que nos soltamos da velha forma de andar na estrada, automaticamente nos habituamos a nova.
Enquanto uma vai desaparecendo a outra vai permanecendo.
No amor, na luz.
Nova estrada.
Nova Terra

Extraído do livro em construção "Feixes de luz"
Huliel 

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