domingo, 3 de outubro de 2010

Despedida



Como mares revoltos na imensidão da vida, vemos pessoas partirem.
Às vezes, brandamente com um adeus caloroso amoroso.
Outras vezes, como tempestade deixando marcas dolorosas como algo que quebrou ou rompeu.
A humanidade e suas despedidas.
Pessoas vêm, e vão.
Num ciclo interminável como ondas do mar.
O segredo no mar consiste em aguardar no silêncio ondas que por ele vagueiam e de certa forma são ele também.
Meu carinho a todas as pessoas que por mim passaram.
Aquelas em especial cuja marca foi difícil e dolorosa, meus agradecimentos, pois a transformação foi tal qual a marca brutal e definitiva arrancando da raiz o alto engano.
Depois da tempestade do adeus, o frescor da bonança anuncia o Arco-íris.  Tudo recomeça.
Novas pessoas, novos tempos, novos amores.
Um beijo, uma flor, um beija-flor.
Carinho, aconchego.
Novamente o mar sereno.
A tempestade sempre passa.
O dilúvio é inevitável.
O amor sobrevive.
Silencia, aguarda, anuncia,
Bem-vinda à vida.



Extraído do livro em construção  " Feixes de Luz " Huliel  



Um comentário:

  1. Como cantou o nosso saudoso Cazuza:
    "Pra que sofrer com despedida
    Se quem parte não leva
    Nem o sol, nem as trevas
    E quem fica não se esquece tudo que sonhou
    I know"
    Gostei muito do texto Ivone,
    Abraços,
    Yon

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