sexta-feira, 15 de julho de 2011

A morte


É preciso morrer muitas vezes, não no sentindo literal em si.

Deixar ir todas as impressões, percepções que criamos sobre as coisas, sobre o que é vida.

Morrer e chorar na permissão do que aquilo representou.

É preciso morrer muitas vezes.

A cada morte uma ressurreição.

Somos luz e sombra coabitando no mesmo corpo.

A sombra só reconhece a si mesmo, tal qual a luz e tal qual o amor.

Renascer é sair do apego da impressão que gerou uma personalidade.

Na morte desnudamos-nos para renascermos.

Num ciclo interminável do micro mundo para o macro mundo.

Amar a morte é entender sua vida.

Ivone

2 comentários:

  1. Intuo que a razão é um tanto ou quanto arrogante.
    Quer ser a dona do pedaço, não conversa com a intuição que até parece tímida, em seu jeito suave e silencioso de ser, mas possui a força sutil das estrelas, do vento que conhece as respostas e as entrega sem estardalhaço. Afinal, "the answer my friend is blowing in the wind".

    Lindo seu texto e ainda mais lindo o contexto em que esse encontro de poesias aconteceu.
    Abraço carinhoso!

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