terça-feira, 5 de outubro de 2010

Palavras



Palavras são como sopros ao vento são levados pelo invisível e por ai vagueiam.
Não vemos, apenas sentimo-las.
Ressoam e assim como ecoam.
Palavras.
Podem ressoar como cânticos dos anjos como a uma brisa de Deus em nós.
Ou podem machucar como lanças no coração, ferindo, dilacerando, destruindo, rompendo, quebrando.
Se soubéssemos o valor e a preciosidade de uma palavra proferida,
Ficaríamos anos em silêncio até aprender a usá-las com sabedoria.
Palavras muitas vezes são usadas como armas dos sábios, dos injustos e dos espirituais que as usam como lanças, sem ouvir-se a si mesmo.
Palavras.
Silêncio amoroso respeitoso, aceita, transforma, transmuta.
O sabor da palavra não boa, não justa, não amorosa.
O amor ao contrário de nenhuma palavra necessita.
Mostra-se em energia, afeto e coragem.
Fonte dos fortes.

Extraído do livro em construção. 

Huliel

Um comentário:

  1. CAIXA DE PANDORA

    Quando criança
    Eu falava com os anjos,
    Enxergava o mundo
    Com os olhos da Inocência.

    Cresci, tornei-me um homem
    Cheio de idéias, metas e planos.
    Abri minha caixa de Pandora
    E só encontrei o engano.

    Revoltado e sem esperança, lancei-a ao mar
    Junto com a minha frustração
    Que, calada, não se manifestou.

    E agora, o que fazer?
    O passado sepultei,
    O presente neguei,
    O que dirá o meu futuro?

    Arrependido, voltei ao penhasco e,
    Ofegante, a caixa procurei.
    Por um momento, desesperançoso, orei.
    O que eu desejava não acontenceu,
    Mas uma resposta um anjo me deu:

    Revelou-me que sem lutar
    Um homem derrotado se torna.
    Sem objetivos e sem sonhos
    Sua vida é vazia de glórias.


    *Agamenon Troyan
    Do livro “O ANJO E A TEMPESTADE”

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